Essa é a mais uma atividade proposta para o nosso curso.Nessa etapa a comanda refere-se a nossas primeiras experiências com a leitura e escrita. Os integrantes do blog ou seja do grupo deveriam produzir um texto contando as experiências.
Leiasm os textos que se seguem e divirtam-se. deixem seus comentários.
As minhas primeiras viagens
"A leitura pra mim é
algo que me transporta para múltiplos lugares, me fascina e me encanta. Meus
primeiros contatos com a leitura se deram através de histórias em quadrinhos,
revistas e literatura infantil. Tínhamos uma coleção de contos de fadas e
folheava os livros, ainda não era alfabetizada, a medida que fui entrando pelo
mundo da leitura já de posse das letras voltei aos livros de contos de fadas,
depois nunca mais parei de ler. Outra experiência, com a leitura que marcou a
minha vida, foi a descoberta do mundo através da revista "National
Geographic", daí nasceu o gosto pela Geografia, minha primeira formação
acadêmica. Viajava pelas páginas das revistas, não perdia uma edição e até hoje
essa revista me fascina.
A minha experiência
com a revista "National Geographic" me despertou para o mundo ao meu
redor, me transportou para lugares que não imaginava que existiam e me
encantou, a cada revista lida um novo lugar surgia a minha em minha mente e
procurava através de livros e mapas saber mais. Para quem aprecia fotografias
sabe que a imagem nos prende, e sua "leitura" mostra aquilo que o
fotografo nos quis transmitir.
Outra vivência
interessante e que de certa forma veio completar minhas experiências leitoras,
se deu no decorrer do meu curso de magistério: tinha uma professora de Língua Portuguesa,
infelizmente não lembro seu nome, que era fantástica e nos despertou para a
interpretação da leitura e mais precisamente a literatura brasileira, que me
levou a conhecer o nosso Brasil através de Guimarães Rosa, Graciliano Ramos,
Erico Veríssimo, José Lins do Rego e tantos outros. A Geografia mais uma vez se
destacava nas minhas leituras.
Eu, como você e
muitos de nós, estudei e fui alfabetizada através da Cartilha Suave. Depois de
alfabetizada mergulhei no mundo da leitura, como já disse, lia de tudo. Tinha
uma série, aliás, tem até hoje, "Série Vaga Lume", li todos e
tenho-os até hoje: A Ilha Perdida, Menino de Asas, Mistério do Cinco Estrelas,
Escaravelo do Diabo...
Sempre fui rata de
biblioteca, mesmo que não estivesse precisando estava sempre lá fuçando nas
prateleiras, em busca de um título interessante.
Ler é um ato
importantíssimo para a vida estudantil o aluno que não lê tem seu vocabulário restrito
e não tem conhecimento pra debater, discutir e argumentar. Na maioria das vezes
não é capaz de entender um texto básico. Isso se deve ao fato de ele nunca ter
sido estimulado a ler, e ler de tudo que pudesse passar pelas suas mãos.
Ao ler e conversar
com colegas professores foi possível conhecer
muitas experiências maravilhosas. Eu mesmo tenho alguns episódios. Sabe
tenho dois filhos e quando eles eram pequenos nós pegávamos um dicionário e
escolhíamos uma palavra qualquer e assim apresentava a eles o seu significado,
eles se divertiam muito e tinham muita curiosidade para aprender. Até hoje eles
tem o hábito da leitura, e gostam de ler de tudo. Esse foi um hábito que
aprenderam em casa e foi estimulado pela escola.
Gostar de ler é uma
questão de hábito e infelizmente nossos alunos não tem o hábito da leitura e
por isso muitos acham a atividade uma coisa muito chata.
Precisamos despertar
esse interesse pela leitura e assim resgatá-la Mas como podemos fazer isso?"
Texto escrito por Amarilda J. T. da Silva
Recordar é viver
"Meu
contato com a leitura não aconteceu logo nos primeiros anos de minha vida. Meus
pais não eram leitores e, portanto, não podiam formar leitores.

Quando iniciei meus estudos, no jardim de infância, minha professora, D. Bely, era
amante dos livros e os apresentava para nós com carinho, respeito, cuidado.
Recebia-nos pela manhã com um sorriso no rosto e sempre com uma história, às
vezes de fadas, ou de
esperteza, de assombração, poemas ...
mas eu gostava muito dos contos de fada. Diz Bruno Bettelheim que o conto de fadas tem um efeito terapêutico na
medida em que a criança encontra uma solução para as suas dúvidas através da
contemplação do que a história parece implicar acerca dos seus conflitos
pessoais nesse momento da vida. Nesse período, eu tinha um pai muito doente, que
não chegaria a me ver entrar sequer na adolescência. E uma mãe que precisa ser
“dura”, talvez pela responsabilidade que cada dia mais caia sobre ela. Mas,
“alguns livros funcionam como uma chave para as salas desconhecidas do nosso
próprio castelo” (Franz Kafka), e assim a literatura cumpria seu papel, papel
este que hoje compreendo bem. A voz da professora encantava, seu
olhar era apaixonante e parece que ela tomava parte de todas as histórias, assim
cada um de nós podia também se envolver, viajar e caminhar por um mundo novo,
imaginário, mas ao mesmo tempo muito real. Eram os melhores momentos vividos por
todos, acredito. A classe permanecia em silêncio e, ao final, aplaudíamos
maravilhados com as palavras que saíam de sua boca.
Na
sala de aula, tínhamos um cantinho, o famoso cantinho da leitura e lembro-me que
lá podíamos ter acesso a gibis, textos, livros, um mimo que infelizmente não
existia em minha casa.
Certamente essa professora
influenciou-me. Quando leio, recordo-me de como gostava de ouvir histórias e,
então, faço todo o possível para mostrar a meus alunos, filhos, pessoas que
fazem parte de meu convívio e que ainda não possuem o gosto pela leitura, que
esse é o caminho mais valioso e transformador que se pode seguir."
Texto de Ana Lúcia da Silva Vale Amado
Apaixonada por poemas desde pequena
"Quando era criança não tinha muitos livros em minha casa, minha família era simples. Mas, minha alegria era quando uma tia minha de São Paulo vinha passar as férias na casa dos parentes e trazia de presente para mim vários livros como: Pinóquio, Cinderela, Branca de Neve,etc. Eu lia os mesmos livros por diversas vezes e adorava observar as imagens.
Na minha adolescência era apaixonada por poemas, principalmente sonetos de Vinícius de Moraes e José Guilherme de Araujo Jorge, ficava horas e horas me deliciando com estas leituras. Muitas vezes, quando acabava a aula, preferia não ir para casa e ficar na biblioteca pesquisando livros que tinham poemas e ali permanecia e não via o tempo passar.
Até hoje, uma das minhas leituras prediletas são poemas, gosto demais de Shakespeare e de literaturas que abordem temas históricos.
Gosto de ler de tudo incluindo revistas, receitas culinárias, artigos de saúde, jornais e até histórias em quadrinhos.
Quanto a escrita, fui pouco incentivada na escola e na faculdade precisei ler muito e isto me ajudou bastante, pois hoje escrevo bem melhor e consigo expressar minhas opiniões.
O gosto pela leitura, me fez entender diversas coisas que jamais entenderia sozinha e transformou a minha maneira de ser e de pensar!"
Texto escrito Luciane Françoso